USADO PARA JUSTIFICAR USO ILEGAL DAS FORÇAS ARMADAS CONTRA MANIFESTANTES, PRESIDENTE DA CÂMARA DESMENTE JUNGMANN E EXIGE QUE MINISTRO RESTABELEÇA A VERDADE



O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia desmentiu o ministro da Defesa Raul Jungmann que, juntamente com o presidente Michel Temer, assinou um Decreto autorizando o uso das Forças Armadas contra manifestantes que ocupam a Esplanada dos Ministérios e a Praça dos Três Poderes, no dia de hoje, em protesto contra as Reformas Trabalhista e Previdenciária que retiram direitos de trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos.

Link para o Diário Oficial

Após receber pesadas críticas de vários setores da sociedade civil, inclusive de juristas que veem ilegalidade no Decreto e até crime de responsabilidade (Leia AQUI e AQUI) pelo uso indevido das Forças Armadas, contra manifestantes, a pretexto de assegurar a "manutenção da lei e da ordem", fazendo relembrar os Atos Institucionais da Ditadura Civil-Militar inaugurada em 1964, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, que insiste em permanecer no cargo, mesmo após a saída de seu próprio partido, o PPS, do governo, tentou jogar a culpa pelo desatino, no presidente da Câmara, Rodrigo Maia, alegando que o uso das Forças Armadas fora para atender um pedido de Maia.

Instado a se explicar perante seus pares, Maia desmentiu Raul Jungmann e apresentou a cópia do ofício onde constava pedido bem diverso daquele alegado pelo ministro. No ofício assinado por Maia está claramente  solicitado o auxílio da Força Nacional e não das Forças Armadas, o que comprova que não só o ministro da Defesa mentiu quanto aos motivos pelos quais enviou as Forças Armadas, para atuar nas ruas contra manifestantes, como houve excesso e desvio de finalidade no decreto presidencial por ele subscrito em conjunto com o presidente Michel Temer, pois não houve, sequer, qualquer pedido nesse sentido.



Rodrigo Maia chegou a dizer esperar que "o ministro restabeleça a verdade", ou seja, chamou o colega governista de mentiroso e, de fato, à luz do que foi declarado pelo ministro da Defesa, do escândalo causado pelo decreto, que se lastreou num factoide - e o que é pior -, ao que tudo indica, criado pelo presidente da República e por seu ministro da Defesa e do ofício apresentado por Maia, Jungmann mentiu e se não fosse ministro de um governo que está, ele mesmo, a um passo do precipício, já teria sido demitido por cometer tamanho desatino e irresponsabilidade, para não dizer atentado contra nossa já cambaleante democracia. Demonstrando irritação, Maia declarou: "O ministro deu uma coletiva dizendo que o pedido de GLO era um pedido da presidência da Câmara. Eu afirmo e reafirmo que isso não é verdade. Por parte do presidente da Câmara, o pedido de apoio da Força Nacional foi para o prédio da Câmara e no seu entorno. Se o governo decidiu adotar outra medida, essa outra medida é uma responsabilidade do governo. Não pode nem deve ser da Câmara". E arrematou: "Pedi ao líder do governo que pudesse entrar em contato com o ministro da Defesa para que ele pudesse restabelecer a verdade."



Segundo o Estadão, líderes da base aliada e da oposição que estiveram presente à reunião com o presidente da Câmara relataram que Maia demonstrou bastante irritação com a atitude do ministro da Defesa. Segundo esse líderes, Maia afirmou que como filho de um exilado político durante a ditadura militar, nunca pediria o uso das Forças Armadas para conter manifestações. O pai do presidente da Câmara, o vereador e ex-prefeito do Rio César Maia (DEM) foi exilado para o Chile durante o regime militar. Por conta disso, Maia acabou nascendo no Chile.




  

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

PREFEITURA DE JABOATÃO TERIA FEITO PAGAMENTOS POR EVENTOS CANCELADOS REFERENTES AO CARNAVAL 2017, DENUNCIA ARQUITETO

"Pernambuco, meu País"! Qual a origem do orgulho de ser pernambucano? Você sabe?

EXCLUSIVO: Membros da família Figueira, gestora do IMIP, usavam cartão de crédito de "laranja" para esconder gastos, inclusive, no exterior, apontam investigações.