Ministro do STJ se escandaliza com aumento salarial de juízes do TJPE e decreta: "imoralidade!"
Matéria publicada no Blog do Frederico Vasconcelos, da Folha de São Paulo, revela que a repercussão para o aumento salarial, mascarado sob a forma de verbas indenizatórias revelado em vídeo da Rede Notícias Brasil (Acesse o vídeo AQUI) e que já teve mais de 139 mil visualizações, só na página da Rede, verbas, portanto, isentas de pagamento de imposto de renda e desconto de previdência, para juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça de Pernambuco, categoria da qual fazem parte o presidente da Assembleia Legislativa, que é juiz aposentado e a primeira dama do Estado, que é juíza de uma das Varas dos Executivos Fiscais e despacha em salas de luxo alugadas à iniciativa privada em um empresarial anexo ao Shopping Rio Mar, foi a pior possível, fora da capitania hereditária de Pernambuco.
Segundo a matéria, até ministros do Superior Tribunal de Justiça consideraram o aumento uma imoralidade que tem que ser barrada pelo CNJ e pelo Supremo Tribunal Federal. Leiam a matéria de Frederico Vasconcelos que é jornalista especializado em matéria jurídicas da Folha:
"Um ministro do Superior Tribunal de Justiça considerou “revoltante” a aprovação –pela Assembleia Legislativa de Pernambuco– de projeto de lei, de autoria do Poder Judiciário, que permite ao Tribunal de Justiça daquele Estado aumentar os salários dos juízes a partir do auxílio-alimentação e do auxílio-moradia.
As manifestações surgiram a partir de vídeo, com imagens do tribunal, que reproduz notícia divulgada no último dia 15 pelo “Jornal do Commercio“, do Recife, sob o título “TJPE ganha sinal verde para aumentar salários e auxílio-moradia” [ver foto].
Segundo o ministro, que não é voz solitária, é preciso que o Conselho Nacional de Justiça tome providências e o Supremo Tribunal Federal suspenda o que ele chama de “imoralidade dos vencimentos extraordinários”.
O jornal revelou que, “sem alarde, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou, em primeira discussão, um projeto de lei que transforma em verba indenizatória o auxílio alimentação pago aos magistrados do Tribunal de Justiça de Pernambuco e permite que o auxílio-moradia seja superior ao teto de 10% do salário dos juízes e desembargadores que existe hoje”.
A assessoria de imprensa da Assembleia Legislativa de Pernambuco confirmou que “o projeto de lei 1200/2017, de autoria do Poder Judiciário de Pernambuco, foi aprovado. O trâmite da matéria na Casa foi encerrado no último dia 16 de março”.
Foi criada, então, a Lei Complementar nº 353, de 23 de março de 2017, que “altera a Lei Complementar nº 100, de 21 de novembro de 2007, que dispõe sobre o Código de Organização Judiciária do Estado de Pernambuco”.
O juiz federal Roberto Wanderley Nogueira, do Recife, critica a iniciativa do TJ-PE: “Não é possível assistir cenários incongruentes como o que o Estado de Pernambuco parece estar patrocinando nesse caso em detrimento da autoridade do STF e do CNJ”.
“É o absurdo de um país em que não há uniformidade para nada e em que cada corporação se vira como lhe vem à cabeça. Enquanto isso, os órgãos centrais de controle, como o CNJ e o STF, mantém um silêncio ruidoso e ruinoso do Poder Judiciário brasileiro”.
Roberto Wanderley Nogueira foi juiz de direito pelo Estado de Pernambuco, de 1982 a 1987. Ele diz que, em Pernambuco, “as relações paroquiais sinalizam falar mais alto que os fundamentos da República e da Federação”.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Guilherme Uchoa (PDT), é juiz aposentado e foi reeleito seis vezes para comandar a Casa.
Segundo a reportagem do “Jornal do Commercio“, “a transformação do auxílio-alimentação em verba indenizatória retiraria o valor limite do gasto com pessoal previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e abre margem para aumentar os vencimentos dos magistrados. Como o auxílio-moradia seria definido agora por uma Resolução do TJPE, sem teto limitando o valor, o benefício também poderia ser ampliado”.
Ainda segundo a publicação, “a princípio, o tribunal diz que não haverá reajustes”. “Na justificativa encaminhada ao Legislativo pelo desembargador-presidente Leopoldo Raposo, o Judiciário informa que as despesas decorrentes da aprovação da Lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias”, informa o jornal.
Em nota publicada pelo jornal, o TJ-PE informou que “a mudança é em atenção a uma determinação da Resolução 125/2010 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Segundo o tribunal, “o Poder Judiciário de Pernambuco se adéqua à Legislação do CNJ, não havendo alteração do valor pago com relação a auxílio alimentação (1,06 mil reais) e moradia (4,3 mil reais). Não haverá reajuste, permanecendo o mesmo valor”.
A medida deve ter recebido o apoio da magistratura estadual. Contra ela, há os que entendem que esse movimento não pode ser feito à revelia do controle central do CNJ e do processo legislativo uniformizador do STF.
Registre-se que a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, abriu amplo canal institucional com os tribunais estaduais.
É por causa desses voos periféricos que mais se têm acentuadas as distorções no sistema remuneratório da magistratura e, no rastro dela, de todo o serviço público, segundo avalia um juiz.
Como pano de fundo, haveria a preocupação de que pode vir a cair a liminar autorizando o auxílio-moradia, concedida pelo ministro Luiz Fux em setembro de 2014, e ainda não julgada pelo STF. Ou seja, nessa hipótese, os tribunais estariam se movimentando para evitar maiores perdas.
A Assembleia Legislativa e o Tribunal de Justiça de Pernambuco foram consultados sobre as críticas ao projeto. O Blog aguarda eventual manifestação dos dois órgãos."
Acesse aqui.
Pernambuco imoral e mortal.
ResponderExcluirPorque O TJPE também não dá auxílio moradia aos serventuário,eles também tem família eles também tem direito a moradia.E vergonhoso que país e esse.
ResponderExcluirAqui na Paraíba é do mesmo jeito, quem mais precisa é quem menos recebe. Complicado.
ExcluirA pergunta certa seria, porque não pagam auxilio moradia para quem realmente precisa? O trabalhador que ganha um salário mínimo e não tem condições de pagar a sua moradia. Esses sim, precisam e muito!
ExcluirEnquanto o pobre votar no candidato do rico, o rico continuará explorando o pobre.
ResponderExcluirO pobre engoliu a perua da imprensa corrupta e virou as costas para os partidos de esquerda.
Hoje o "combate à corrupção" é a desculpa usada pela gangue da imprensa para enganar o pobre e deixá-lo miserável, com fome e desemprego.
O pobre que cospe no prato que comeu, merece fica de prato vazio.
A corrupção independe de partido político meu caro amigo!!
Excluirentre mortos e feridos, sobraram nós, os fodidos
ResponderExcluirVergonha mesmo é viver num de pessoas gananciosos que so se preocupam em roubar o nosso dinheiro, e saúde a educação a segurança pública nada funciona por falta de administração pública, e triste viu
ResponderExcluirisso e uma vergonha uma falta de respeito com a população.
ResponderExcluirExecutivo e legislativo que ousar fazer diferente... Tá fora. Qual o poder que realmente manda no país?
ResponderExcluirRsrsrsrssss... Tenho que concordar em gênero, número e grau com a crítica!!!
ResponderExcluirO hino de Pernambuco deveria trocar de imortal para o imoral..
ResponderExcluirATENÇÃO ELEITOR...NÃO ADIANTA RECLAMAR! NA PROXIMA ELEIÇÃO DÊ UM NÃO A ESSES POLÍTICOS PUTOS..NÃO VOTE EM NINGUÉM.
ExcluirEsse poder judiciário de Pernambuco é uma vergonha.
ResponderExcluirLugar de ladrão é na cadeia !!!
ResponderExcluirO pior é que não teremos mais o direito de votar em um candidato.
ResponderExcluir