Sintrajuf/PE constata insalubridade e péssimas condições de trabalho na nova central de execuções do TRT
Em vista da já sabida
mudança ocorrida em julho do corrente ano, devido o fechamento do fórum da
SUDENE, em decorrência de decisão judicial proferida na ação ordinária nº
0807337-69.2014.4.05.8300, que determinou a interdição do prédio, as
consequências básicas foram o deslocamento das audiências e de parte das
secretarias das varas para o Fórum de Jaboatão dos Guararapes e a criação de
uma Central de Execuções, além da autorização dos servidores utilizarem o
teletrabalho para exercer as suas atribuições.
A Central de Execuções, segundo
o ATO CONJUNTO GP/CRT TRT nº. 7/2015, passou a funcionar no horário das 08 às
17 horas, para o atendimento ao público, cumulando serviços referentes aos
processos em execução das vinte e três varas trabalhistas da capital, ou seja,
mais de trinta mil processos trabalhistas, fato que pode ser verificável junto
ao Setor de Estatística do TRT 6ª Região/PE.
A referida central de execução
passou a funcionar como setor de arquivo e protocolo em um GALPÃO na Avenida
Cais do Apolo, n. 370, Bairro do Recife (acesso ao público pela Rua do Brum, n.
107). O referido galpão era anteriormente utilizado para guardar os carros da
frota do TRT6.
Com a alocação da central de Execuções para o referido galpão,
O SINTRAJUF passou a receber várias reclamações de servidores que ali estão
sendo obrigados a trabalhar, denunciando a situação de insalubridade extrema a
que estão submetidos e solicitando a intervenção do sindicato para as
providências necessárias.
Representantes do Sintrajuf/PE realizaram uma visita
ao local na sexta-feira (28/08/2015), por volta das 13h15min.
Constatamos um
ambiente sem janelas, sem ventilação natural ou artificial, extremamente
quente, com instalações sanitárias precárias e totalmente inadequado à
prestação de serviços jurisdicionais pelos servidores as partes e advogados.
É
facilmente constatado, sem necessidade sequer de uma inspeção de profissional
(perito), que a insalubridade naquele local está em níveis inadmissíveis para
qualquer trabalhador, e a esta situação a que estão submetidos os servidores da
Justiça do Trabalho.
As fotos, por si, demonstram o quão inadequado é o
local, sendo muito inferior as instalações utilizadas na Sudene (salientamos
que os servidores que aparecem nas fotos eram os que estavam trabalhando no
momento da visita, não tendo, necessariamente, vinculação com as denúncias
feitas ao Sintrajuf).
As normas de Saúde que vigem na Legislação Pátria estão
elencadas desde as Convenções da OIT, em especial a Convenção 155, a qual foi
ratificada pelo Brasil, passando pela Carta Magna deste Pais, em seus artigos
6º e 7º da Constituição de 1988, que definiram a saúde, segurança e higiene
laborais como garantias fundamentais e direitos sociais indisponíveis de todos
os trabalhadores urbanos e rurais, até as NRs emitidas pelo MTE. Normas estas
que, com certeza, são de inteiro conhecimento da administração do TRT 6ª
Região.
Além disso, o próprio CNJ, através da Resolução nº 201 de 03 de março
de 2015, destaca no artigo 6º, inciso VII, ser prioritária a qualidade de vida
no ambiente de trabalho, que deve compreender valorização, satisfação e
inclusão do capital humano das instituições, com ações para estímulo ao seu
desenvolvimento pessoal e profissional e a melhoria das condições das
instalações físicas.
É certo que a administração do TRT 6ª Região é
conhecedora das normas de saúde a que devem prezar, aliás, primar pelo seu
cumprimento, tendo em vista ser uma Justiça Especializada exatamente no âmbito
do Direto do Trabalho. Entretanto, não é que se pode constatar.
Definitivamente o que ocorreu com a alocação da referida Central de Execuções
neste galpão foi uma degradação nas condições de trabalho dos servidores em
afronta a todas as normas internacionais, constitucionais e
infraconstitucionais e infralegais, como as citadas acima.
O SINTRAJUF está
protocolando requerimento à administração do TRT 6ª Região no sentido de
suspensão dos trabalhos naquelas condições verificadas, até que se tomem as
providências no sentido de um meio ambiente de trabalho adequado às normas de
saúde posta, de acordo com as normas vigentes em nosso Pais, o que é essencial
para a saúde dos trabalhadores e a manutenção de sua dignidade.
Caso não seja
atendido o pleito, este órgão sindical buscará as providencias legais
necessárias, como medida que vise garantir aos servidores daquele local um
ambiente de trabalho saudável e compatível com as atividades desempenhadas por
órgãos do judiciário federal, sobremaneira um órgão da Justiça do Trabalho, a
qual, condena as empresas privadas por submeterem seus funcionários a ambientes
inadequados e prejudiciais a saúde do trabalhador.
.... Nossa... belo texto e muito bem colocado, se não fosse a omissão de algumas informações e a devida preocupação com uma parcela de funcionarios que tambem fazem parte deste regional. se faz necessarios dois comentarios e uma colocação: 1º Seria que no galpao mencionado, nao apenas abrigava os veiculos oficiais, mas tambem um setor completo, melhor dizendo dois setores: o setor de gerenciamento de frotas e o setor de trafego os dois oriundos do setor de transporte vinculados hoje ao setor de divisão transporte, segurança e telefonia. 2º item seria que no mesmo setor nao so funcionarios da casa(concursados) mas funcionarios requisitados e tercerizados ao todo mais de 30 funcionarios ale trabalhavam e desempenhavam suas atividades em meio ao calor dificuldades estruturais e ineficientes e falta de estruturas fisicas adequadas como mencionados no blog. Sobre os comentarios finais, nao sei, sera por que nao sou e nao faço parte do sindicato??? sera que por isso nao faça parte!!! pois desde 2012 ano de aquisição do galpao para atividades do setor de transporte, usamos e la desempenhamos nossas atividades e ninguém teve qualquer atitude quanto ao menos saber o por que o trt6 teria um galpao apenas para guardar veiculos oficiais como mencionado no blog, que dira saber se la teria funcionarios em pessimas condicoes de trabalho, somos tambem trabalhadores, somos tambem funcionarios, dificil nao e entender, dificil é aceitar. obs: me descupem meus erros de portugues e minhas faltas de acentos e pontos, no momento me sinto indignado e como se sabe sou apenas um mero mecanico neste regional.
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