POLICIAIS CIVIS RECHAÇAM JORNADAS EXTENUANTES DO PACTO PELA VIDA E DEVOLVEM PJES
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NO DEPATRI ADESÃO DE 80% |
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NO DHPP ADESÃO DE 95% |
Decididos a mostrar que estão mais
unidos que nunca, Policiais Civis do DHPP (Departamento De Homicídios e
Proteção a Pessoa) começaram a realizar a entrega dos PJES (Programa de Jornada
Extra de Segurança) na manhã dessa segunda-feira (29). Mais de 95% do efetivo
do departamento preencheu o formulário e entregaram aos dirigentes do Sinpol
informando o Governo sua decisão de não se submeter às jornadas extenuantes do
Pacto pela Vida.
Em reunião com o presidente Áureo
Cisneiros, os diretores Diego Frota e Mauro Falcão, os policiais do DHPP
demonstraram ânimo e apoio à campanha do sindicato.
Um formulário está disponibilizado
no site do Sinpol e está sendo preenchido pelos policiais e serão entregues aos
representantes do Governo na próxima quinta-feira, 02 de julho, no Dia da
Mobilização da Polícia Civil, após passeata que seguirá até o Palácio do Campo
das Princesas.
Pela tarde desta segunda-feira (29)
o presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros e o diretor Diego Frota estiveram no Depatri
(Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais) e lá conferiram adesão de
80% do efetivo à entrega do PJES.
Em reunião com policiais do
departamento, os diretores do Sinpol puderam conferir a convicção de que os
ganhos salariais dos policiais civis devem ser prioridade da categoria e que
segurança pública é um direito constitucional do cidadão pernambucano.
Na próxima quinta-feira, 2 de
julho, os policiais civis de Pernambuco farão o Dia de Mobilização da Polícia
Civil, em protesto pela falta de proposta do Governo do Estado às
reivindicações da categoria. Desta vez, toda a Polícia Civil estará unida,
desde os agentes, comissários, escrivães, peritos até os delegados. O protesto
unificado começará com um café da manhã em frente à Seplag (Secretaria de
Planejamento), às 8h, depois em uma passeata até o Palácio do Campo das
Princesas, onde toda a categoria entregará formulários se negando a trabalhar
no PJES (Programa de Jornada Extra da Segurança).
A decisão foi tomada em assembleia
realizada pelo Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco) na noite da
última sexta-feira (26).
“Sempre lembrando que é dever de
todo policial mobilizar. Dia 2 de julho será um dia de mobilizações e vamos
continuar o ano inteiro se o governo não trouxer para a gente propostas
concretas”, disse Áureo Cisneiros, presidente do Sinpol.
PJES – O Programa de Jornada Extra
da Segurança supre a necessidade de garantir mais policiamento sem aumentar o
efetivo da polícia através de concurso público. Na Polícia Civil, a Central de
Plantões, as forças tarefa e delegacias especializadas só funcionam porque os
policiais civis utilizam suas horas de descanso para cumprir jornadas extras.
Um policial pode trabalhar até oito “cotas de PJES” por mês. Como uma cota
significa 12 horas de trabalho seguidas, os policiais chegam a acrescentar 96
horas por mês à sua jornada para garantir pouco mais de R$ 1.400 ao seu
salário.
O sindicato acredita que o PJES
traz prejuízo ao andamento da atividade policial e à saúde do servidor público.
Em alguns casos, depois de cumprir uma jornada regular de oito horas, o
policial civil ingressa no PJES por mais 12 horas e, logo em seguida, trabalha
por mais oito horas de sua jornada normal.
O Sinpol também acrescenta que a
adesão em massa ao PJES é um dos motivos da manutenção dos atuais níveis
salariais dos policiais em Pernambuco, contribuindo para que o Estado não
realize mais concursos.
“Vamos fazer nosso esforço pessoal.
Todo mundo tem que entregar o PJES, vamos lutar para que o efetivo da polícia
civil tenha mais condições de trabalho e tenha salário digno. Para fazer isso,
teremos que cortar na carne”, disse Áureo, referindo-se ao fato dos policiais
se recusarem a fazer a jornada extra, ao mesmo tempo, deixando de receber a
gratificação.
FORMULÁRIO DE ENTREGA DO PJES
* Com o conteúdo da Assessoria de Imprensa do SINPOL
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