Randolfe, Ivan Valente e Ana Amélia denunciam Dilma, mas poupam Gerdau, que doou para campanhas de seus partidos
Dados do Portal do Tribunal Superior Eleitoral não deixam dúvidas do quanto é seletivo o denuncismo dos senadores Randolfe Rodrigues, pré-candidato do PSOL à presidência da República e Ana Amélia, do PP, bem como do deputado Ivan Valente, também do PSOL, que apresentaram denúncia contra a presidenta Dilma Rousseff ao Procurador Geral da República por ter, na qualidade de presidente do Conselho de Administração da Petrobras aprovado a compra da Refinaria de Pasadena, no Texas, com base num parecer que ocultava cláusulas prejudiciais a estatal. Segundo os denunciantes, Dilma deveria ter demitido o diretor responsável pelo parecer logo após saber das omissões.
Estranhamente, a denúncia não incluiu os demais membros do Conselho, que por ser um órgão colegiado, decide por votação e não por decisão unilateral do presidente e, portanto, responde solidariamente por suas decisões e omissões. Entre os membros do Conselho que tiveram o mesmo posicionamento de Dilma, a única denunciada por conveniência, ao que tudo indica, eleitoreira, dos denunciantes, está o empresário Jorge Gerdau, que doou R$ 100 mil à campanha da psolista Luciana Genro, em 2008, à prefeitura de Porto Alegre e que já está em plena camapanha como candidata a vice-presidente na chapa de Randolfe Rodrigues. Quem também recebeu R$ 100 mil reais de Gerdau, só que em R$ 2010, foi a denunciante senadora Ana Amélia, que ironicamente tem se posicionado contra a PEC que obriga prefeitos a fazerem concurso público para cargos de procuradores, preferindo manter brecha para a contratação de escritórios particulares e cargos comissionados, conforme vem denunciando a Associação Nacional dos Procuradores Municipais. . Além dos parlamentares cotados, ainda integram o grupos de denunciantes os senadores Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Cristovam Buarque (PDT-DF), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Pedro Taques (PDT-MT), Pedro Simon (PMDB-RS). Sobre os superfaturamentos na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, cujo operador do esquema já foi inclusive preso pela Operação "Lava Jato", até agora nenhum pronunciamento dos ilustres senadores. Confiram os dados:
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