O GLOBO DEIXA ÓRFÃOS EDUARDO CUNHA E ASSECLAS: "Venceu o prazo de validade de Eduardo Cunha"
Em Editorial publicado hoje, "O Globo" deixa órfãos Eduardo Cunha e asseclas. Diante da repulsa popular que às atitudes amorais do aliado, na condução do próprio julgamento, como se plenipotente fosse, os irmãos Marinho e demais fiadores do impeachment tiveram que jogar seu principal parceiro na empreitada, à própria sorte. Leiam a íntegra do Editorial que selou o destino de Cunha: a cassação!
"VENCEU O PRAZO DE VALIDADE DE EDUARDO CUNHA
Ultrapassou todos os limites a manipulação que o presidente
da Câmara faz do regimento, com o uso de seu poder, para atrapalhar a
apreciação de processo contra ele
POR EDITORIAL
A Câmara dos Deputados, assim como o Senado, é uma instituição secular,
fundada no Império, dirigida àquela época por condes e viscondes. Na República,
sua Mesa foi frequentada por nomes que se encontram nos compêndios de História
do Brasil: Flores da Cunha, Pedro Aleixo, Ulysses e outros.
Em tempos recentes, houve a bizarrice de Severino Cavalcanti, cassado
por receber um “mensalinho” de R$ 10 mil de um concessionário de restaurante na
Câmara. Ungido pela política fisiológica do PT de literalmente comprar apoio no
Congresso, Severino queria controlar a diretoria da Petrobras que “fura poço”.
Um parêntese: ele talvez não soubesse, mas o lulopetismo já havia dominado a
direção da estatal e passara a saqueá-la.
No campo do exotismo — mas em outro sentido —, o atual presidente,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), escala índices de rejeição na opinião pública, ao
manejar com frieza o poder do cargo e o conhecimento que tem das regras da
Casa, para sabotar a tramitação no Conselho de Ética de um processo instaurado
contra ele por falta de decoro.
Às favas com a objetividade dos fatos. Cunha, citado na Lava-Jato como
beneficiário de propinas geradas na Petrobras, compareceu, por vontade própria,
à última CPI da Petrobras e garantiu que não tinha contas escondidas em bancos
suíços.
O MP suíço o desmentiu, ao enviar dados de contas suas e família à
Procuradoria-Geral da República. Configurado o perjúrio, o PSOL e a Rede encaminharam
denúncia ao Conselho de Ética. Aberto o processo, Cunha, aliados e tropa de
choque fazem de tudo para impedir o funcionamento do Conselho, com a intenção
de atrasar ao máximo os trabalhos e jogá-los para 2016.
Inviabilizado um acordo com o governo — mais por resistência de
petistas que se recusaram a votar em favor dele —, para que o deputado escape
da cassação, os embates no Conselho passaram a reproduzir cenas à altura de
câmaras de vereadores do mais longínquo sertão. Tapas, gritaria, intervenções
protelatórias de nível rasteiro.
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Mesmo tucanos que estavam condescendentes com Eduardo Cunha, para que
ele aceitasse o pedido de impeachment de Dilma — arma que o deputado usou para
chantagear o Planalto —, o abandonaram. Ainda antes de ele instaurar o processo
do impedimento — dentro das prerrogativas do presidente da Câmara, seja ele
quem for.
Aberto o processo, passaram-se 38 dias e oito reuniões, até a de
quinta-feira, sem que se conseguisse votar um relatório, diante de um atônito
presidente do conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA). O primeiro relator, Fausto
Pinato (PRB-SP), contestado pelo grupo de Cunha, por se declarar a favor do
prosseguimento do processo, disse ter sido ameaçado, e terminou substituído por
Marcos Rogério (PDT-RO). Este promete ler seu relatório, também contra Cunha,
na terça-feira. Mas nada é certo.
O presidente da Câmara deveria renunciar ao cargo, para se dedicar à
sua defesa, sem atrapalhar os trabalhos da Casa. Seu tempo acabou.
O Globo entende que Eduardo Cunha já cumpriu o seu papel e agora está atrapalhando o golpe por seu protagonismo negativo. Soltou esse editorial manipulatório e mentiroso, enxertando referências ao lulo-petismo e a Petrobras. Severino Cavalcanti foi eleito para presidência pela oposição contra o candidato do governo e quando ele falou que queria o ministério que furava poços, se referia ao ministério das cidades que furava poços de Água e não de Petróleo. Não se deram nem ao trabalho de fazer uma pesquisa para não falar bobagens em Editorial. PIG: a falta de vergonha de sempre.
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